A Argentina ajustou sua faixa cambial ontem para mitigar o problema mais óbvio — ou seja, o lado fraco da faixa implicava um fortalecimento indesejado do peso ajustado pela inflação 1/
Evitar uma valorização real (por causa de um arrastar mais lento que a taxa de inflação) é uma mudança positiva — embora deixe em aberto a questão de saber se é necessário um ajuste real adicional da taxa de câmbio para evitar um déficit de CA maior (considerando as exportações que foram adiantadas + juros) 2/
Isso é bom (melhor do que não fazer nada) e desafiador, dado a necessidade de levantar entre 10 e 15 bilhões de dólares para cobrir o serviço da dívida externa do GoA. Mas também não desfaz totalmente as vendas de reserva financiadas pelo FMI em 2025... 4/
A Argentina não tem base de exportação para construir rapidamente reservas enquanto faz pagamentos de amortização da dívida externa existente (o que implica um aumento do peso dos juros externos mesmo com o refinanciamento do mercado)... o que torna a escavação do atual buraco da reserva um desafio 5/
Eu preferiria um caminho de política que fosse consistente com um retorno ao superávit da conta corrente (mesmo que isso signifique mais depreciação real), dado o peso da dívida externa da Argentina e o fraco ponto de partida da liquidez cambial 6/
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