Acabou de sair: @coincheckjp adquire a startup francesa de criptomoedas Aplo. Fundada em 2019, a Aplo é um corretor de criptomoedas para clientes institucionais. A Coincheck é uma das maiores exchanges do Japão, empregando quase 200 pessoas. Conheci um dos seus representantes em Tóquio no ano passado. Embora o valor da transação permaneça não divulgado, a aquisição (executada pela empresa controladora da Coincheck) envolve uma troca de ações: os acionistas da Aplo recebem ações da Coincheck listadas na Nasdaq. Este acordo revela tendências-chave da indústria: 1/ Aceleração da institucionalização. A Coincheck, historicamente B2C, agora visa atender bancos, fundos de hedge e grandes instituições. Eles precisavam de expertise em corretagem prime (execução de grandes ordens e, eventualmente, produtos de renda fixa e derivativos). A Aplo traz a tecnologia, conformidade regulatória (licença PSAN, em breve MiCA) e uma equipe especializada em otimização de custos de execução. Como Oliver Yates, CEO da Aplo, me disse: "O desafio como um jogador independente é que os gestores de ativos preferem lidar com entidades mais fortes, como bancos ou jogadores de criptomoedas com balanços substanciais. Para competir com gigantes como a Coinbase, precisávamos nos associar a um jogador financeiramente robusto." 2/ A Europa se tornando um pool de aquisições. Muitas joias das criptomoedas (a Aplo exemplifica isso: rodada semente <€1M em 2020, €8M na Série A em 2021, 23 funcionários hoje) lutam para alcançar massa crítica. Como muitos jogadores da indústria observam: "Não há demanda suficiente na Europa." Consequentemente, campeões europeus muitas vezes acabam sendo adquiridos por jogadores estrangeiros melhor financiados. A verdadeira questão: A Europa criará seus próprios campeões institucionais ou continuará sendo um terreno fértil para grupos americanos e asiáticos? A boa notícia é que negócios intereuropeus também estão acontecendo. Em julho, a britânica @ArchaxEx adquiriu a @DDA_GmbH.
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