Um gigante está entrando no mercado. Ela ficará entre as 8 maiores redes no Dia 1. E pode se tornar um ecossistema Top 3 até o final de 2025. Na 5ª parte desta série, vamos nos concentrar em @convergeonchain, construído pela Securitize, o maior emissor de RWA, e Ethena, uma das maiores empresas em DeFi. Uma cadeia híbrida capaz de hospedar aplicativos sem permissão e com permissão, permitindo: • Implementação de contratos inteligentes sem permissão • Acesso irrestrito para usuários • Composição DeFi • Rastreabilidade dos fluxos financeiros • Monitorização da atividade onchain • KYC / KYB em usuários quando desejado Mas agora, como fazemos com cada cadeia desta série, vamos mergulhar na infra e tecnologia. ⚙️ A TECNOLOGIA A infraestrutura do Converge foi construída para oferecer execução hiper-rápida, com tempos de bloco de 100ms e taxa de transferência de 100 MGas/s, graças às seguintes integrações: 1.) @conduitxyz G2 Sequenciador Apresentado em outubro, o G2 é 10x mais poderoso do que os sequenciadores padrão usados por todas as estruturas de rollup. Embora muitos argumentem que construímos infraestrutura suficiente e precisamos nos concentrar em aplicativos, uma questão fundamental tem consistentemente impedido os construtores: Falta de computação onchain. Simplesmente, quanto mais complexa for a aplicação ou maior for a base de utilizadores, mais pesada será a pressão sobre a rede. E não se trata de TPS, como muitos se referem, mas sim dos dados contidos nessas transações. Por exemplo, uma troca de token é muito mais fácil para uma cadeia processar do que uma transação que representa a atividade de videogame. Com isso em mente, o sequenciador G2 da Conduit é capaz de lidar com 50-100 Mgas/s (Megagás por segundo, uma unidade de medição que contabiliza tanto o número de transações quanto sua complexidade), o que, como mencionado anteriormente, é muito maior do que qualquer outra infra existente. (Confira a imagem n°1 da postagem do blog da Conduitxyz) O Converge aproveita essa beleza da tecnologia para integrar dois componentes-chave para reduzir a latência e aumentar o desempenho: • Execução paralela - processa várias transações ao mesmo tempo, em vez de sequencialmente. • Mini-blocos - em vez de esperar para construir blocos completos, o G2 emite mini-blocos à medida que as transações chegam, permitindo que os validadores comecem a processá-los imediatamente. 2.) Armazenamento de estado otimizado Os nós de convergência usarão um modelo de armazenamento plano baseado em caminho apoiado por bancos de dados de alto desempenho, conforme descrito na documentação. Em termos simples, os dados serão organizados como arquivos em um computador, tornando muito mais fácil encontrar, ler, atualizar ou excluir informações rapidamente. Esta configuração também permite que vários validadores e usuários acessem os mesmos dados simultaneamente sem atrasos e, o mais importante, sem a necessidade de pausar o sistema. 3.) Suporte Stylus Além do EVM, o Converge suportará o Stylus, um mecanismo de execução baseado em WASM que permite aos desenvolvedores implantar contratos inteligentes em vários idiomas, incluindo Solidity, Rust, C, C++, Go, Sway, Move e Cairo. A Stylus permite uma execução muito mais rápida e custos de gás mais baixos, especialmente para operações de computação pesada. Isso significa que os desenvolvedores podem iniciar aplicativos com desempenho até 100x melhor do que os baseados em EVM padrão. 4.) Celestia como camada DA No lançamento, o Converge usará o Celestia para disponibilidade de dados, tornando-o um Validium, que é um tipo de rollup que armazena dados da rede principal Ethereum. Essa abordagem permite maior escalabilidade (com riscos intrínsecos) à medida que a cadeia aproveita o DA de melhor desempenho no mercado. Sobre isso, o Celestia atualmente suporta tamanhos de bloco de 128MB no testnet e tem um roteiro para escalar blocos de até 1GB. 🛡️ BACKBONE DE SEGURANÇA DO CONVERGE: A REDE DO VALIDADOR O principal diferencial de qualquer outra cadeia é a Converge Validator Network (CVN), que servirá como uma camada crucial de segurança e governança. Ao contrário dos conjuntos de validadores tradicionais focados no consenso ou na disponibilidade de dados, a CVN atua como um conselho de segurança com autoridade para intervir durante ameaças aos fundos dos usuários ou à integridade da rede. Ele foi projetado para proteger a rede de qualquer coisa que vá desde mensagens maliciosas entre cadeias até manipulação de oráculos, bugs de contratos inteligentes e assim por diante. Para participar do CVN, os validadores devem apostar $ENA, o token de governança da Ethena. Em troca, eles ganham uma parte das taxas de transação e outras recompensas (TBD). Em última análise, enquanto o Converge aproveita a segurança básica do Ethereum, sua rede validadora adiciona uma camada extra de proteção, tornando a cadeia altamente segura para as instituições operarem. ⚡ ETHEREAL Graças ao alto rendimento da Converge, a equipe pode atingir outro mercado com PMF comprovado: derivativos DEXs. A principal razão para o sucesso da Hyperliquid é a UX super suave que ela fornece, possibilitada pela infraestrutura subjacente. Ethereal, a DEX construída sobre o Converge, pretende atingir 1 milhão de pedidos por segundo, cinco vezes mais do que o que a Hyperliquid lida atualmente. O DEX, que suportará negociação spot e perpétua, será construído como uma cadeia de aplicativos dedicada em cima do Converge, tendo assim seu próprio ambiente de execução dedicado enquanto ainda posta provas no Converge. Outros aplicativos que precisam de seu próprio ambiente de execução também podem implantar suas próprias redes que se estabelecem no Converge. Com o Ethereal, o ecossistema Ethena cobriria todas as principais verticais de produtos com PMF comprovado em criptomoedas: • Stablecoins • DEXs • Perp DEXs • RWAs tokenizados • Rollups Por fim, @etherealdex já ultrapassou US$ 1 bilhão em depósitos de USDe, com 21,4% de todo o fornecimento de USDe agora sendo bloqueado na plataforma. (Confira a imagem n°2 do painel Duna de @etherealdex) 🧩 SEM PERMISSÃO POR PADRÃO, COMPATÍVEL POR DESIGN Como mencionado no início, o Converge utiliza um modelo híbrido: a camada base é totalmente sem permissão, mas os desenvolvedores podem optar por recursos permitidos no nível do aplicativo ou do emissor de ativos. Isto é especialmente relevante para aplicações RWA. (Ver imagem n°3) Observe como a própria rede não tem permissão. Assim, a permissão não é imposta pelos validadores ou contribuidores. Esta estrutura permite que os desenvolvedores lancem livremente, atendendo às necessidades de conformidade das instituições tradFi presentes na rede, sempre que necessário. Além disso, o segundo grande benefício de construir no Converge é o acesso ao TVL combinado de US $ 8,28B + de @ethena_labs e @Securitize. (Confira a imagem n°4 por @tokenterminal) Além disso, a cadeia aproveita as fortes redes da Ethena e da Securitize para trazer aplicativos blue-chip para implantar a partir do dia 1, incluindo: • @maplefinance • @aave • @pendle_fi • @MorphoLabs • Outros Outros protocolos notáveis como @LayerZero_Core, @wormhole, @PythNetwork e @redstone_defi também suportarão o Converge desde o primeiro dia, fornecendo infra para mensagens entre cadeias, pontes e feeds de preços. Em conclusão, o Converge parece bem posicionado para entrar no mercado e rapidamente se estabelecer como um hub para DeFi e RWA. Todos sabemos como a liquidez é importante para permitir novos casos de uso DeFi e desenvolver um amplo ecossistema. Ao mesmo tempo, a reputação e os fortes laços com as instituições são fundamentais para um bom ecossistema RWA. Ethena e Securitize se destacam em ambas as frentes e, portanto, têm grandes chances de cravar o crescimento e distribuição da Converge e seus produtos.
MooMs
MooMs8/05/2025
DeFi sem RWAs vai morrer. Mas os RWAs não crescerão sem o tradFi. Precisamos de infraestruturas adaptadas. No entanto, DeFi e tradFi são mundos muito diferentes. A compatibilidade DeFi e a conformidade do tradFi são dois conceitos desafiadores para combinar, mas @RaylsLabs está tentando fazer isso com seu blockchain UniFi. A Rayls combina infraestrutura com e sem permissão para oferecer uma solução que atenda aos requisitos institucionais sem sacrificar os benefícios de um ecossistema DeFi aberto. Como nas partes anteriores desta série, vamos começar mergulhando na tecnologia para entender como o ecossistema opera. ⚙️ A TECNOLOGIA Rayls está construindo um ecossistema feito de diferentes redes encapsuladas e interconectadas entre si. A infraestrutura é composta por quatro partes principais: 1.) A Cadeia Pública 2.) Sub-redes privadas 3.) A Cadeia de Compromisso 4.) Livros de Privacidade Vamos nos aprofundar em cada componente 👇 1.) Pontos-chave sobre a cadeia pública Rayls' Public Chain é um Ethereum L2 alimentado por @arbitrum que requer KYC obrigatório de todos os usuários. O processo de KYC é feito por meio de APIs de open banking para verificar os dados dos usuários, preservando sua privacidade (nenhum dado é armazenado on/off-chain). Apesar de ser KYC-gated, a cadeia será sem permissão e interoperável com o resto do DeFi. Usuários e devs podem iniciar e usar aplicativos, tokens e assim por diante, como em qualquer outro ecossistema. Com essa configuração, como todos os usuários são KYCed, as instituições ficarão mais confortáveis interagindo com eles e protocolos DeFi no ecossistema, desbloqueando assim muitas oportunidades para que novos capitais e demandas fluam onchain. 2.) Pontos-chave sobre sub-redes privadas Em torno da cadeia pública, haverá várias sub-redes privadas, que são redes permitidas sob medida para instituições. Cada Sub-rede Privada consiste em: • Uma cadeia de confirmação (o hub) • Muitos Livros de Privacidade (os porta-vozes) Finalmente, cada Sub-rede está conectada à cadeia pública principal de Rayls. Uma característica interessante é que, quando uma sub-rede é criada, um Governador e um Auditor são designados para, respectivamente, governar e supervisioná-la. • Governador - gerencia as regras de governança e muda a forma como a Sub-rede opera. • Auditor - monitora a atividade de transação (transações que passam pela Cadeia de Compromisso e não dentro dos Livros de Privacidade) e informa o Governador sobre qualquer coisa suspeita. (Ver imagem n°1) 3.) Pontos-chave sobre a cadeia de compromisso A Cadeia de Confirmação é uma cadeia compatível com EVM no centro de cada Sub-rede Privada que orquestra todas as transferências entre os Livros de Privacidade. Isso é feito aproveitando os Rayls Relayers, uma camada de mensagens que preserva a privacidade e lida com a comunicação e as transferências entre os Livros de Privacidade e a Cadeia de Compromitência. Ao garantir que todas as transações sejam retransmitidas, validadas e registradas com total integridade, o Relayer desempenha um papel crítico na manutenção da confiança e da confiabilidade dentro de uma sub-rede. Imagine a estrutura assim: Commit Chain <> Relayer <> Private Ledgers (Ver imagem n°2) 4.) Pontos-chave sobre os livros de privacidade A última peça do quebra-cabeça são os Privacy Ledgers, que podem enviar e receber tokens entre si. A Rayls está construindo o ecossistema para garantir que todas as transações sejam criptografadas e ocultas de outros participantes da Sub-rede. Isso permite que as instituições criem contas para seus clientes em total privacidade, emitam tokens em total privacidade e transacionem com outras instituições em total privacidade. Neste caso, a interoperabilidade entre os Livros de Privacidade dentro de uma Sub-rede é tratada pelo Protocolo Rayls, uma solução de transferência privada de ponta a ponta. Imagine a estrutura desta forma: Privacy Ledger ⇄ Rayls Protocol ⇄ Privacy Ledger (Verifique novamente a imagem n°2) 📈 OPORTUNIDADES E CASOS DE USO 1.) Há uma chance concreta de ver os protocolos existentes e novos para fazer parceria com jogadores TradFi e implantar aplicativos personalizados dentro de suas sub-redes. Isso exigiria que as equipes trabalhassem em estreita colaboração com essas entidades e provavelmente investissem mais recursos do que implantassem em outra cadeia, mas os benefícios podem superar os esforços, pois terão acesso a um pool exclusivo de clientes e liquidez. 2.) Um segundo caso de uso concreto é uma infraestrutura de pagamentos multi-CBDC onde diferentes governos estabelecem uma sub-rede ou várias sub-redes, com um banco sendo a parte de liquidação e coordenação. Este modelo foi explorado durante uma PoC nos últimos meses e apresentado no G20 TechSprint Report publicado em outubro de 2024. 🌎 EXPANSÃO LATAM VS: ADOÇÃO INSTITUCIONAL @parfin_io, a empresa-mãe da Rayls, tem fortes laços com empresas e instituições em toda a América do Sul, o que facilitou o uso da Rayls em vários PoCs e testes institucionais nos últimos meses. As principais iniciativas em que Rayls esteve envolvido incluem: 1.) Drex - Brasil CBDC A Rayls foi escolhida pelo Banco Central do Brasil (Bacen) como a solução de privacidade para a Drex, a CBDC oficial do país. "Para qualquer processo de ativo tokenizado – e por ativo tokenizado, queremos dizer qualquer coisa que possa gerar valor – é essencial liquidar transações. Para liquidar, uma moeda fiduciária é necessária, e para uma moeda fiduciária ser usada dentro da tecnologia blockchain, ela também deve ser tokenizada" A iniciativa envolveu 16 bancos, o Banco Central do Brasil e a Rayls. De acordo com a equipe, pelo menos cinco dessas instituições continuam testando e se envolvendo com sua infraestrutura. Para bancos e instituições financeiras, as CBDCs representam um desafio para os fluxos de receita tradicionais, como taxas de transação e spreads. Em vez de servirem como intermediários, os bancos podem optar por fornecer infraestrutura de transações ou pontes de liquidez para ativos tokenizados. Os principais destaques dos testes são: • Transferências Drex entre instituições financeiras (IFs) • Transações Real/Drex tokenizadas entre clientes de FIs • Negociação (Método DvP - Entrega vs Pagamento) de Títulos Públicos Federais (TPFt) tokenizados entre FIs • Negociação (DvP) de TPFt entre clientes FI 2.) Maior Provedor de Infraestrutura FinTech do Brasil Um pouco de contexto: a Nuclea é a maior fornecedora de infraestrutura de tecnologia financeira do Brasil. Só em 2022, a empresa processou mais de 31 bilhões de transações, totalizando mais de R$ 19 trilhões (2x o PIB do Brasil). A Núclea gerencia 100% dos registros de faturas e 90% das liquidações de cartões de débito e crédito no Brasil. Embora não tenham sido fornecidas muitas informações sobre este tópico, a Nuclea está explorando a tecnologia blockchain, especificamente a Rayls, para avançar sua infraestrutura e explorar casos de uso de tokenização. 3.) Programa EPIC do J.P. Morgan Em novembro do ano passado, em um relatório da unidade de blockchain do J.P. Morgan, a Rayls foi destacada como parceira participante do Projeto EPIC para explorar soluções de privacidade e identidade sob medida para instituições. O anúncio oficial afirma: "Na implementação da Parfin, a Rayls apresentou um sistema seguro e compatível para transações globais e institucionais." (Ver imagem n°3)
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